Um estudo publicado no Brazilian Journal of Health Review (2020) avaliou a eficácia do neurofeedback (NF) como alternativa de tratamento para crianças de 6 a 12 anos diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Conduzido por acadêmicas da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM), o artigo utilizou descritores específicos para garantir uma abordagem metodológica criteriosa.
O neurofeedback é um tratamento natural, não medicamentoso e não invasivo, que treina o cérebro a autorregular seus padrões de atividade, promovendo benefícios neurofisiológicos e cognitivo-comportamentais. A revisão destaca que o NF auxilia no controle de impulsos, na regulação da atenção e na melhoria de funções cognitivas essenciais, como a capacidade de sustentar a atenção de forma consistente, algo crucial para crianças em idade escolar que enfrentam demandas diárias intensas.
Com base em minha experiência, posso afirmar que a associação do neurofeedback aos protocolos de intervenção neuropsicopedagógicos potencializa ainda mais esses resultados. Essa abordagem integrada tem se mostrado bastante eficaz na evolução de crianças com TDAH e dificuldades de aprendizagem, ajudando-as a desenvolver habilidades essenciais de forma mais estruturada e consistente.
Embora os resultados apresentados no estudo sejam promissores, os autores reconhecem a necessidade de considerar fatores externos, como estressores ambientais, para maximizar os benefícios. Ainda assim, o estudo conclui que o neurofeedback é uma ferramenta valiosa e segura no manejo do TDAH, destacando a importância de sua integração com estratégias complementares. Essa revisão literária fortalece as evidências sobre o potencial do NF como suporte eficaz para crianças nessa faixa etária e reforça o valor de uma abordagem multidisciplinar no atendimento a essas demandas.
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